Vendo a minha avó






















Gosto mesmo dos da Wonder Woman e alguns do Superman. Só para o caso de poderem existir ideias de presentes de aniversário atrasados ou presentes de Natal antecipados.

Singstar


Boa Chester!
Amazing.

Só eu sei porque fico em casa

Eu não sou sportinguista e esta novela dos árbitros está a dar-me urticária. Por isso amigos lagartinhos, estou solidária com vocês (apesar de continuar a achar que estão muito ruins mesmo e que nem com chineses se endireitam...) como estaria com qualquer outra equipa que não seja o FC Porto porque eles e árbitros são todos farinha do mesmo saco. Mas voltando aos senhores do apito. Que história é essa de estarem amuadinhos e ninguém querer arbitrar os jogos do Sporting? Querem que o Sporting peça desculpa do quê? De ter sido roubado à grande? Se fossem competentes não tinham medinho. Por isso meus amigos, ponham-se a trabalhar, deixem-se da merda dos subornos do FC Porto e quando errarem (porque acontece) assumam os vossos erros e talvez assim passem a ser mais respeitados e não precisam de andar com medo e amuadinhos. O futebol assim não presta. Assim não apetece ir a nenhum estádio ver futebol em Portugal com estas novelas todas!! Ganhem juízo e trabalhem!! Já agora aproveito para dizer que o senhor que arbitrou o jogo do Beira-Mar/Sporting (que até é arbitro em part-time porque tem um armazém para gerir durante o dia) foi bastante competente e fez um óptimo trabalho. Tenho as minhas dúvidas que o Sr. Xistra e companhia fizessem o mesmo bom trabalho nos jogos dos Regionais.


Agora que já disse o que tinha a dizer vou ali ver se o Jorge Jesus já estimulou suficientemente as suas capacidades cognitivas e se anda com o meu Benfica para a frente.



*Não estou interessada na opinião de pessoas fanáticas que só vêm em frente como os cavalos.

Voltem, estão perdoados.

Há pessoas que passam pela nossa vida de uma forma tão superficial que a ausência que deixam a seguir passa-nos completamente ao lado. A sua passagem foi-nos indiferente, vazia, oca. Há outras pessoas que simplesmente são inesquecíveis por aquilo que foram para nós e acima de tudo por aquilo que fizeram de nós. Ao inicio odiamo-los. Achamos que exigem de nós coisas para as quais não somos capazes, sentimo-nos às vezes humilhados. Chegados ao mundo profissional sem qualquer experiência, achamos que o que nos pedem é impossível, que nunca vamos fazê-lo como era suposto, queremos que acabe depressa e que não chegue nunca o dia seguinte porque temos medo do que pode aparecer. Se não é geral, pelo menos foi comigo. Achava que exigiam demais, que eu nunca seria capaz de fazer bem feito o que me pediam, tinha medo de mostrar maus resultados, chorava, não dormia, desejava que se fossem embora e não estivessem lá no dia seguinte. Com o passar do tempo fui conhecendo as pessoas por trás dos (excelentes) profissionais que eram e tentando lidar com toda as exigências e trabalho. A partilha das experiências profissionais e de vida era um degrau subido todos os dias. Até ao dia que foram mesmo embora. Dizem que só damos valor às coisas quando as perdemos e neste caso é o maior exemplo que tenho disso na vida. Percebi que exigiam tanto de mim porque sabiam que eu era capaz de o fazer, porque sempre acreditaram em mim e nas minhas capacidades. Ensinaram-me a desafiar todos os meus limites porque tinham a certeza que eu ia ultrapassá-los. Acreditaram em mim mesmo quando eu própria não o fazia. E nunca desistiram. Percebi que além de orientadores e professores foram meus amigos e que grande parte do meu crescimento profissional e pessoal foi com eles e devido a eles. O meu agradecimento a eles aparece sempre que não tenho medo de fazer, sempre que me desafio a mim mesma, sempre que luto por ser melhor pessoa e melhor profissional. Sei que estejam onde estiverem vão estar sempre para me apoiar, ajudar e assistir às minhas vitórias e derrotas. Desde que foram embora nada ficou igual. Fazem falta. E ontem, apesar de vos ter abraçado como se não houvesse amanhã, passado este tempo todo, fiquei ainda com mais saudades vossas. 
Muito muito obrigado por terem feito parte do meu crescimento e de me terem tornado melhor pessoa e melhor profissional! Além de grandes "ensinadores" são acima de tudo grandes grandes amigos e um exemplo para mim!    
A D O R O - V O S!


Aviso

Informamos que devido ao aumento do IVA na electricidade a luz ao fundo do túnel vai ser desligada por tempo indeterminado.

O meu mundo ao contrário

Ontem foi o dia internacional do canhoto. Eu sou canhota. Sempre fui. Comecei a perceber desde muito cedo que era canhota quando diariamente era confrontada com um mundo que parecia não ter sido feito para mim. Tive que aprender "à força" a cortar com a tesoura na mão direita porque na minha escola não existiam tesouras para canhotos, e cortar com a mão esquerda era tudo menos cortar. Aprender a escrever também teve a sua dificuldade de adaptação. Comecei a escrever da direita para a esquerda (até as palavras) porque era assim que me fazia sentido. Fui castigada por isto até perceber que o "normal" não era nada daquilo. Até que descobri que tinha que dar uma inclinação razoável à folha de papel para que não parecesse uma pessoa com deficiência na mão a escrever. Usar a régua também não é tarefa fácil. A escala está da esquerda para a direita e eu faço o traço da direita para a esquerda. Nunca encontrei uma régua com a escala ao contrário. Fui para a catequese muito pequena e fui constantemente repreendida por me benzer com a mão esquerda. Não sei para que lado é primeiro o sinal da cruz. Ainda hoje faço o mesmo quando tenho que ir à igreja. (se algum padre ler isto e quiser exorcizar o demónio que deve ser a causa disso sinta-se à vontade. contactem-me por mail ou mandem-me para a fogueira). As torneiras e as maçanetas das portas também é coisa para me tirar do sério. Fui para a universidade e deparei-me com aquelas cadeiras de anfiteatro, em que a mesinha está simplesmente pregada do lado direito, o que me obrigou  sempre a escrever na mesa da cadeira do lado, não permitindo por isso que ninguém usasse esse lugar, incentivando o meu isolamento social. Nunca tinha a capa traçada para o lado correcto. Jogar às cartas fica muito mais fácil quando as cartas têm os naipes e os números desenhados nos quatro cantos. Segurar o baralho com a mão direita e fazer aquele leque nas cartas onde os naipes estão apenas em dois cantos na diagonal deixa-me com uma visão nada esclarecedora das cartas que tenho na mão. Tirar a carta de condução foi algo assustador para o meu instrutor. Tentar meter as mudanças com a mão esquerda é coisa para ele ter pedido reforma antecipada. Quando vou cumprimentar alguém com um aperto de mão faço sempre figuras ao ponto de ter que voltar atrás com a mão que já levava estendida. Isto para não falar das pessoas que ficam extremamente ofendidas porque acham que é deselegante cumprimentar com a mão esquerda. Por outro lado, nunca fui obrigada a beber nada de penalti porque nunca seguro um copo com a mão direita!
Apenas alguns exemplos daquilo que constantemente encontro no meu dia-a-dia e que tenho que me adaptar (ou tentar). Depois há coisas bastante mais difíceis de me adaptar que é aos seres destros quando olham para mim pela primeira vez a escrever e fazem uma pergunta muito inteligente que é: "És canhota?"





Mistakes are proof that i'm trying...

Não foram dias fáceis. Nunca estive tão cansada. O cansaço toma conta de mim de uma maneira que não me deixa espaço para pensar. Ando com os pensamentos empilhados na garganta que não tenho voz suficiente para verbalizar o que quer que seja. Tudo aconteceu ao mesmo tempo e o mais pequeno pormenor atingiu proporções irreais. Senti-me num buraco e de repente pareceu não haver ninguém para me dar a mão. Sentia-me mesmo esquecida e a pior pessoa do mundo. Não soube lidar com isto. Não tinha razões para te fazer o que fiz. Sei que o que pensei, fiz, re-fiz e disse foi tudo desajustado, foi tudo longe do que eu realmente sou e acredito. Acho mesmo que deixei de ser eu. Atingi demasiadas pessoas com isto. Desculpa se exigi demais de ti por isso. Mas tentei reagir e precisei do meu espaço e do meu tempo. Sei que não foi o melhor mas a rotina não me deixa ter mais tempo e o meu dia não tem mais do que vinte e quatro horas. Percebi que isto não fazia sentido nenhum. Só não entendi onde nem porquê. Tinha que tentar entender e sabia que não ia ser fácil. Com a cabeça prestes a explodir tentei cortar as pontas soltas que andavam a querer amarrar-me os punhos e puxar-me para baixo. E tal como o previa, não foi fácil. Foi tudo menos fácil. Não encontrei a melhor forma de dizer. Percebi que não estavas a perceber. Foram talvez horas a mais, mas o cansaço teimava em fazer repeat a cada minuto como se não nos entendêssemos, como se não nos conhecêssemos. Cada palavra parecia mil agulhinhas espetadas no meu corpo e cada gesto partia-me o coração com uma facilidade doentia. Gastámos a pouca energia que nos mantinha acordados. Não há palavras certas para momentos errados, e isto tudo parecia um momento errado.
(...)
No final sinto que chegámos a um porto seguro. Sinto que a muito custo o "encaixe das peças" que tanto me pediste teve algum resultado (não sei se o que esperavas...) mas para mim foi muito importante teres-me obrigado a pensar assim e a ligar tudo o que não fazia sentido nenhum. As palavras podem não ter sido as certas, mas foram as nossas e foram sinceras. Espero que tenhas percebido o lugar onde coloquei a palavra medo e a palavra dor e onde quero que fique aquilo que não podemos perder e que nos trouxe até aqui. Percebi como sou importante para ti e como tu és importante para mim. Também espero que o saibas. Sei que dás tanta importância a valores como o respeito e a sinceridade como eu (e que tantas vezes isso nos foi violado ao longo da vida) e sei que por isso temos tudo para que nada disto se perca nunca e espero que faças uso disso sempre para que não haja punhais nas costas da confiança e da honestidade que conquistámos. E para que as tuas palavras tenham todo o sentido e no dia que tivermos que sair, saiamos juntos, de mão dada, ao lado um do outro, e com aquilo que realmente importa que fique (arrisco a dizer) para sempre. E que se tem tornado tão bom.
(...)
Depois de isto tudo, de poucas horas de sono e um restore feito na medida que pedimos, foram suficientes para acordar com outra vontade e outro olhar. Odeias que peça desculpa e que agradeça o que quer que seja. Eu sei, também faço o mesmo. Mas estava triste. E sabes que mais? Nunca me tinha importado tanto com isso... Parece que o teu latim gasto nas vezes todas que me dás na cabeça começa a fazer sentido (e eu tenho aprendido tanto...). Agora sinto que podemos ser sempre sinceros, ou pelo menos tentar sem medos e receios. Conseguimos por fim compreender-nos bem (apesar de a muito custo). Podemos falar das merdas que nos vão na cabeça (e que não são poucas) sem esperar simples palmadinhas nas costas. Fazemos o que nos apetece juntos porque é assim que estamos bem. Fazemos-nos tão bem um ao outro. Já partilhámos muita coisa, já rimos, sorrimos, discutimos e tanto que temos crescido com isso. Sei que estejas onde estiveres, vais estar e ter sempre um abraço (e talvez um beijo) à minha espera. Esteja eu onde estiver, vou estar sempre para te "aturar" e "apanhar secas" com os teus atrofios todos e para te ajudar em tudo aquilo que puder. Porque assim é que tudo faz sentido. Quanto ao resto...talvez o tempo e nós trataremos de responder... se tu deixares, se tu quiseres, quando tu quiseres.
Tens um feitio de merda? Tens sim. Mas o meu não é muito melhor.


*E se desapareceres três meses do nada?!
 Não, já não fico triste ... vou à tua procura.




          fazes-me falta.
                                   os abraços mais que os beijos. (e as palavras)
                                                                                                     gosto muito de ti.






*Quando me perguntares outra vez o que é a inteligência emocional, vou voltar a ler-te estas palavras todas.
* e obrigada...se  conseguiste ler tudo até aqui :x
*não te posso perder nunca.