Não há concertação para o amor


"Do mesmo modo que não há maneira de chegarmos a um acordo para a chamada Concertação Social, também no amor está difícil de conseguir. Não há concertação social que valha ao amor, porque há sempre alguém que acha pouco mas sobretudo que faz de mais. As pessoas têm medo de fazer de mais e eu percebo-as. A possibilidade de fazerem uma entorse, luxação no ombro ou esgotamento mental são muito superiores quando isso acontece. Há de resto a ideia de que quando fazemos de mais somos vulgarizados por isso.
E o amor não se quer vulgar; pelo contrário, quer-se distintivo, como aqueles que a polícia usa ao peito para que se saiba o seu nome. O amor tem de saber o seu nome e as letras de que é feito e por isso tem de chegar a um acordo. E nisto há sempre um Carvalho da Silva, um João Proença, gente a gritar nas ruas “ CGTP unidade sindical! 40 horas já! 40 horas já!” E o amor, tal qual estas 40 horas, tem de ser já. Não há passado no amor nem futuro, o amor é só presente, é este agora com que escrevo, é a urgência que sentimos ao chamar a ambulância. Na verdade, é o carro do INEM que vai na frente a abrir caminho. O amor quando é bom cede, e eu não acredito em pessoas que amem sem que o façam. O amor cede todos os dias, é o “está bem está bem” como quem diz “ai se eu não te amasse tanto!”, é o “pronto, vou lá eu!”, quando já estamos deitados e nem sequer fomos nós que deixámos a luz da sala acesa. O amor é esse levantar da cama, é enfrentar o inverno do corredor, quantas vezes o da cozinha, que é como se sabe o chão mais frio, e apagar a luz e correr por ali fora até chegarmos à nossa cama, onde está o nosso amor tão quente, tão coberto, para aí entrarmos sem demora, com os nossos dois pés gélidos e lhe provocarmos um mais que justo e romântico choque térmico. Choque térmico."
By: Alvim

day 1


O que se fala por aí

Dois estudos interessantes que li esta semana:




Estudo 1: "Dormir depois do sexo é sinal de amor."

Um estudo norte-americano vem agora revelar que adormecer logo após o sexo é sinal de amor verdadeiro entre os parceiros. Investigadores da Universidade do Michigan e da Albright College, na Pensilvânia, descobriram que a tendência para adormecer depois do sexo está associada uma forte ligação e afecto com o parceiro.«Quanto maior a tendência para adormecer depois do sexo, maior é o desejo de ligação com o parceiro», concluiu Daniel Kruger, um dos coordenadores do estudo, citado pelo jornal britânico «Dailymail».



Estudo 2:  "Homens inteligentes são menos infiéis."

Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly.
De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, “homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto.


Nada que eu já não desconfiasse há algum tempo. :)

Sem Titulo

"Abraçaste-me com força, quando me deixaste na minha rua, por entre beijos de despedida que nunca irão ser beijos de despedida, num fim de tarde igual a tantos outros. E ainda sinto o teu abraço apertado de quem me quer manter ali. Quis ficar. E abracei-te também. Há 1 hora atrás."

A minha cor hoje é o cinzento. E o tempo cá dentro está exactamente igual ao tempo lá fora.




Principes e Sapos Encantados

"A pessoa certa não é a mais inteligente, a que nos escreve as mais belas cartas de amor ou a que nos jura a paixão maior. Nem a que se muda para nossa casa ao fim de três semanas e planeia viagens idílicas ao outro lado do mundo. A pessoa certa é aquela que quer mesmo ficar connosco. Tão simples quanto isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem. O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.


Os verdadeiros 'Príncipes Encantados' não têm pressa na conquista porque como já escolheram com quem querem passar o resto da vida, têm todo o tempo do mundo; levam-nos a comer um prego no prato porque sabem que no futuro nos vão levar à Tour d’Argent; ouvem-nos com atenção e carinho porque se querem habituar à música da nossa voz e entram-nos no coração bem devagar, respeitando o silêncio das cicatrizes que só o tempo pode apagar. Podem parecer menos empenhados ou sinceros do que os antecessores, mas aquilo a que chamamos hesitação ou timidez talvez seja apenas uma forma de precaução para terem a certeza que não se vão enganar.

O 'Príncipe Encantado' não é o namorado mais romântico do mundo que nos cobre de beijos; é o homem que nos puxa o lençol para os ombros a meio da noite para não nos constiparmos ou se levanta às três da manhã para nos fazer um chá de limão quando estamos com dores de garganta. Não é o que nos compra discos românticos e nos trauteia canções de amor no voice mail, é o que nos ouve falar de tudo, mesmo das coisas menos agradáveis. Não é o que diz 'Amo-te', mas o que sente que talvez nos possa amar para sempre.

O Príncipe que sabe o que quer, não é o melhor namorado do mundo; não é o que olha todos os dias para nós, mas o que olha por nós todos os dias. O que partilha a vida e vê em cada dia uma forma de se dar aos que lhe são próximos. O que quando está cansado fica em silêncio, mas nunca deixa de nos envolver com um sorriso. Não precisa de um carro bestial, basta-lhe uma música bestial para ouvir no carro. Pode ou não ter moto, mas tem quase sempre um gato. Gosta de ler e sai pouco à noite porque prefere ficar em casa a namorar e a ver um filmezinho. Cozinha o básico, mas faz os melhores ovos mexidos do mundo e vai à padaria num feriado. O Príncipe é um Príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo muito importantes.

Claro que com tantos sapos no mercado, bem vestidos, cheios de conversa e tiradas poéticas, como é que não nos enganamos? É fácil. Primeiro, é preciso aceitar que às vezes nos enganamos mesmo. E depois, é preciso acreditar que um dia podemos ter sorte. E como o melhor de estar vivo é saber que tudo muda, um dia muda tudo e ele aparece. Depois, é só deixa-lo ficar um dia atrás do outro... e se for mesmo ele, fica."

MRP


Coisas que não têm necessariamente a ver com a minha vida

"Há mil e uma razões que nos podem fazer querer partir para outra relação. Há as mais óbvias, e depois aquelas que não matam mas moem, as que nos vão destruindo devagarinho até ao momento em que nos fartamos da vida, de nós, do outro, e queremos liberdade, que nos deixem em paz, queremos que nos deixem viver, que nos deixem voltar a ser quem já fomos. 
Uma relação raramente é saudável quando uma das partes se sente asfixiada pela outra. Essa asfixia nem sempre é óbvia, pode não ser até momentânea, é quase imperceptível, mas é aquele apertar de mão que começa num dia e vai aumentando de força semana após semana. Na verdade, quando olhamos para a semana anterior, até podemos achar que está tudo na mesma, porque temos uma mão no pescoço, mas a pressão até parece a mesma. Só que não é. É só um bocadinho maior. E isso quase não se nota, quase não se sente, mas a pressão está lá. E vai aumentando devagar, sem se dar por ela, até que nos sufoca de vez.Muitas vezes, para aliviarmos a tensão, a pressão, a tal asfixia, cedemos, deixamos de ir almoçar com esta e aquela pessoa porque isso chateia o outro, deixamos de ir ao ginásio porque isso chateia o outro, deixamos de ir ao cinema porque isso chateia o outro, deixamos de acordar cedo e ir passear porque o outro não quer ficar em casa sozinho na cama, deixamos de ir jogar à bola com os amigos porque ela não quer ficar sozinha em casa, deixamos de ler porque o outro quer companhia a ver televisão, deixamos de tratar de nós porque o outro quer o jantar pronto a horas, e depois, um dia, vai-se a ver, e deixámos de ser nós, deixámos de nos reconhecer, e somos apenas um reflexo do que o outro espera que nós sejamos. E esse reflexo é quase sempre uma pessoa menor, mais desinteressante, menos ambiciosa, menos feliz, menos radiosa, menos entusiasmada, menos apaixonada, menos tudo. Entrámos numa relação para sermos uma pessoa menor do que aquela que já fomos.
E que sentido é que isto faz? Quem é que consegue ser feliz assim? As relações, sejam namoros sérios, sejam casamentos, não podem ser clausuras nem estádios que nos tiram dimensão humana. Devem ser etapas de crescimento e conhecimento mútuo. Devemos procurar crescer e fazer crescer, promover a descoberta e o conhecimento, e não o contrário. Mas o que acontece, muitas vezes, é o contrário. E acontece porque as pessoas são demasiado diferentes e teimam nas suas diferenças, como se fossem traços de caráter imutáveis e irreversíveis. 
Toda a gente pode e deve mudar, se essa mudança for para melhor. Mas nem todos estão dispostos a esse esforço e continuam a achar que é obrigação do outro amar-nos tal como somos, aceitar essas diferenças, resignar-se, e pronto, aprender a viver com elas. Claro que há coisas que são assim, mas há muitas que não são. Não nos podemos vergar perante atitudes do outro que nos afectam e nos tornam piores. Uma relação não é uma vida no plural, são duas vidas que convergem num mesmo caminho, se esse caminho as fizer felizes. E quando não faz, essas mesmas duas vidas mudam de rumo, procuram outra estrada, porque aquela as leva a lado nenhum. E por essa, acho, ninguém quer ir."

By: O Arrumadinho

Só porque ainda ontem andei a pensar nesta questão de Egos que se asfixiam uns aos outros...e por coincidência ou não encontrei este textinho que até fala bem da coisa. E para avisar que no meu Ego mais ninguém toca para fazer mal que eu não vou deixar. Nunca mais. No entanto tudo serve para aprendermos e eu aprendi que o respeito e o tentarmos moldar-nos ao outros pode ser algo que nos faz muito felizes e em que descobrimos coisas novas sobre nós. E isto não acontece sempre com toda a gente porque não é nada fácil. Acreditem que é difícil. As vezes era pura e simplesmente muito mais fácil que um de nós fosse fácil. Que fossemos fáceis, pronto, que não tivessemos personalidades bem definidas, que não tivéssemos ideias bem claras, que não fossemos assim, tão cheios de nós. Mas lá está, se assim fosse, se um de nós fosse assim simples, seguramente não estávamos aqui hoje, porque seguramente não tínhamos o que temos a ver um com o outro.



PS: Este senhor até escreve bem...deve ser para equilibrar a cena :p

Presentinhos "envenenados"

Se o ano passado o Socrates resolveu "dar-me" um ipad lindo e maravilhoso...
Este ano o Peter Steps Rabbit vai dar-me isto! 



Sim?!?! Pleaseeeee... (Agora não me falhes tá?!)


Because in the end, we are friends and lovers



"Acredito que é assim, desta forma, que se constroem grandes sentimentos. Não sei, mas quer-me cá parecer que aquele amor, aquela paixão, aquele carinho, aquela cumplicidade não se criam forçadamente, não se criam depois de se dar os passos todos. A mim, que não percebo nada disto, quer-me parecer que tudo isso se constrói assim da forma como nós estamos a construir. Com tempo, muito tempo, com valores como a amizade, o respeito, a honestidade e a confiança a comandarem as tropas. Quer-me cá parecer que sim."

algo para fazer em 2012

E pronto... a Ana tem que ter alguma coisa para fazer na vida para além de dar em maluca com este trabalho e esta vida que leva. Decidi então criar um tumblr para um desafio proposto a mim mesma por mim própria para 2012. Todas as semanas vou colocar uma foto minha, tendo no final do ano um total de 52 fotografias! (só para quem não está informado do número de semanas no ano).
E pronto... As 3 ou 4 pessoas que perdem tempo a ler este blog estão convidadas a dar um saltinho semanal ao meu click-a-week e espreitarem os meus devaneios com uma máquina na mão.

Um beijo,

Ana

Nerdy weekend

Desafio: Ver os 6 filmes que fazem parte do universo Star Wars de seguida.
Condições: A melhor companhia que pode haver, boa comidinha, um sofá grande, presentinhos de Natal, um cobertor quentinho.
Desafio superado: Check!
Conclusões: Adoro Star Wars, adorei o fim-de-semana, não gosto do Anakin Skywalker, gosto do Obi-Wan Kenobi (e de outros, só referi este porque vai ser o nome do meu futuro gato). 
O meu preferido de sempre: R2-D2



ou como é tudo menos futebol

Eu, benfiquista assumida, sempre defendi que o futebol tem que ser futebol e não ser uma guerra viva. Sou a primeira a condenar actos bárbaros de adeptos sejam eles do meu clube ou de clubes adversários. Sempre defendi que muitos selvagens deviam ser impedidos de entrar nos estádios porque estão lá para tudo menos para ver futebol, sempre defendi a não violência nos estádios porque só quem perde é o futebol que é um espectáculo bonito. Ver um bom jogo de futebol (de preferencia no estádio) é uma coisa magnifica e ninguém devia estragar isso apesar das preferencias clubisticas e dos (quase) heart attacks que apanhamos todas as semanas quando perdemos, somos roubados, falhamos, etc etc.

Quando são os adeptos que fazem a coisa feia, não há nada a fazer. Vai haver sempre quem tenha veia e genes de selvagem e bárbaro e QI de búfalo e consiga estragar tudo o que pode haver de bonito num bom jogo. Mas quando estes comportamentos de guerra chegam por parte dos próprios clubes a coisa então é feia feia feia.

Apesar de benfiquista desde sempre (por herança familiar), sei assumir os erros e as más condutas do meu clube. Condenei quando apagaram a luz, condeno todos os adeptos que só fazem merda e incitam a violência no futebol, condeno quando não jogamos bem, e por isso sinto-me no direito de condenar também outros clubes.

Sempre vi o Sporting como um clube que dentro do que vemos no futebol consegue ser de alguma forma ordeiro e com alguma integridade. Apesar de como em todos os clubes ter os seus selvagens e adeptos que em nada dignificam o clube, sempre achei que a rivalidade desportiva com o Sporting era de alguma forma saudável.

Hoje vejo estas fotografias nos corredores de acesso aos balneários das equipas adversárias no estádio de Alvalade. "Adeptos das claques em poses agressivas, desafiando os seguranças. Outros de cara tapada e com tochas na mão. Outro numa pose que sugere uma saudação fascista. Outro ainda com um tatuagem com a cruz de ferro, um símbolo que, não sendo exclusivo do nazismo, está muito associado a movimentos da extrema-direita."

De quem foi a ideia disto? Quero acreditar que a maior parte dos dirigentes e adeptos sportinguistas não compactuam com estas coisas e que vão fazer alguma coisa para isto ser retirado das paredes e que tudo não passe de uma "realidade de mau gosto".

PS: Apesar desta situação ser lamentável, acho também lamentável da parte do jornal Público fazer disto capa em vésperas do jogo com o FC Porto.




Pérolas (e porcos)



E quando eu achava que já tinha assistido ao cumulo da azeitisse em Portugal quando vi a Margarida dos Golfinhos e a sua musica nova, encontro este cenário. 

Ter visto algumas cenas do making off em que fiquei a saber que os intervenientes eram o Futre e o pai da Fanny foi o suficiente para ter vontade de enfiar a cabeça num balde com azoto líquido! Além destas duas figuras de top, junta-se ainda o Zezé Camarinha, o Tony Carreira, o Diego Miranda, o Nuno Graciano, uns ninjas que só fizeram corpo presente, uns desconhecidos com cara de anormais e umas polícias putas.

E que sentido faz aquela introdução na prisão?!? Se o video é basicamente na festa a dançar?! Era para arranjar maneira de dar um papel ao pai da Fanny? É que não há qualquer ligação a não ser o director da prisão (que tem o gabinete no corredor em frente à cela dos mauzões) que aparece num jacuzzi com as ditas polícias.

E quem é aquela criança nerd e qual é o papel dela ali? Fazer merda e encher balões com preservativos?!

E a Control e o Licor Beirão dão dinheiro para aparecer nesta bela cagada em 3 actos?!

Cianeto meus amigos!!!!! C-I-A-N-E-T-O!!



(PS: A Margarida dos golfinhos é a tal do clube das virgens que já nao é virgem e que agora anda nestes belos preparos com um ser que tem ar de ser assexuado como as lulas:




Esclarecimentos ao público

Nós PSICÓLOGOS: dormimos, comemos e, também, erramos! NÃO ANALISAMOS os nossos amigos, nem família! NÃO SOMOS VIDENTES NEM TELEPATAS! Deixamos de ser psicoterapeutas em reuniões familiares, necessitamos de férias, também ficamos doentes e não somos santos. Estudamos muito e, também, temos vida pessoal e social. NAMORAMOS E, TAMBÉM, SOFREMOS POR AMOR! Ah, e, por vezes, também, ficamos deprimidos, gritamos, temos stress e ficamos de mau-humor.

Ano novo, vida (quase) nova

2011 já lá vai...foi bom passar este ano apesar de não ter tido grandes novidades. Não atingi nenhum objectivo programado. Tive momentos de alegria que passaram a correr e momentos de tristeza que passaram muito devagarinho. Comecei mal o ano. Tive muito sol e alguns dias de chuva. Tive muito trabalho e quase não tive férias. Tomei decisões muito importantes. Não viajei o que queria quando queria. Tive um aniversário diferente. Apaixonei-me. Tive os piores dias da minha vida. Também tive os melhores. Chorei muito. Ri bastante. Tive muito amor. Tive respeito. Tive amizade. Construí das coisas mais bonitas de sempre. Conheci muitas pessoas novas. Disse adeus a muitas outras. Deixei ficar as importantes. Desesperei muitas vezes. Esperei sempre por melhores dias. Encontrei o meu caminho e comecei a lutar por ele. Ganhei uma família. Aprendi muitas coisas novas.  Foi um ano que já passou e que levou tanto tanto de mim. Agora chegou 2012 e decidi que não vou fazer muitos planos. Quero apenas as pequenas coisas boas da vida e muita vontade para continuar a lutar. Não desistir. Ter força. Encontrar soluções. Quero que o amor, a amizade, o respeito e a união continuem a reger a minha vida. E acima de tudo, sermos muito felizes juntos.