Dois para vinte e sete.

Dois para vinte e sete. Gosto de gerir o meu calendário por essa data. Gosto que o meu ano não comece no dia 1 de Janeiro, mas sim quando eu acabo um e começo outro. Falta pouco para isso. Tenho que comer as uvas e pedir os 12 desejos também. É isso que se faz não é? Os desejos para o próximo ano estão definidos. Para este dia não quero presentes. Ou melhor...quero!! Quero beijos e abraços, quero que cantem para mim, quero que me digam porque gostam de mim, quero soprar uma velinha num bolinho pequenino, quero os momentos todos imortalizados nas minhas fotografias, quero as minhas pessoas sempre, quero uma flor roubada de um canteiro qualquer, quero que me digam que estou linda mesmo quando não estou, quero coisinhas dadas com amizade...
Mas este começo de ano vai ser diferente. Não vou estar com ninguém com quem costumo partilhar o meu primeiro dia do ano. Provavelmente não vou ter presentes nem mimos nesse dia. Não vou cantar nem bater palmas. Vai ser um dia normal com uns telefonemas e mensagens a mais das minhas pessoas e de outros que fazem questão de dizer que estão vivos e que até sabem que eu existo porque o alarme do telemóvel avisou, até de outros que eu nem vou saber quem são.
Provavelmente vai ser um dia divertido, bom, mas normal, sem motivo de festa, sem muitos beijinhos e abracinhos. E vai ser igualmente bom. Apenas diferente, mas igual ao mesmo tempo. Não importa. Fui eu que escolhi assim. 



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