pertenço à Geração "Casinha dos Pais"

"E a esta altura da vida começa a não ser nada fácil.

Tem as suas vantagens, não posso negar, mas cada vez compensam menos relativamente ao desejo de termos o nosso espaço.

Não termos que cumprir os horários estipulados (que, por motivos geracionais são opostos), não termos que dar satisfações por tudo e por nada, não termos que levar na cabeça naqueles dias em que só nos apetece alguma paz e sossego, não termos que estar preocupados se está tudo no sítio, limpo e arrumado quando chegamos do trabalho cansados e nos apetece relaxar um bocado antes de começarmos a pensar nesses pormenores, não termos que aturar "mesquinhices, taras e manias", não termos que discutir por causa de um fim de semana passado fora de casa, por causa da luz que está cara, por causa da água quente que se gastou, etc etc. Isto sem falar, claro, da pressão que de ano para ano, mês para mês, semana para semana, dia para dia, aumenta."
Quando a "casinha dos pais" se instala numa terrinha em que não há "ninguém" então é a morte total. Passo o dia a trabalhar e nem sequer tenho alguém a quem telefonar para um passeio, para um café. Trabalho e estou em casa.
É desgastante. E não querendo ser ingrata, já não se aguenta!

Preciso urgentemente de uma vida de pessoa de 28 anos e não de pessoa de 55.
Estou no meu limite.



Sem comentários:

Enviar um comentário